quinta-feira, 9 de abril de 2009

Introdução


Nós, alunos do Colégio Estadual David Mendes Pereira do 3º Ano/turma H, construimos esse BLOG com a finalidade de passar aos interessados e visitantes, O CONCEITO, A HISTÓRIA, AS OBRAS, OS AUTORES, enfim... tudo o que você precisa saber.

Tentamos passar o mais claro possível para um melhor absorvimento do assunto!

Excluímos vídeos, imagens e links ,para que haja menos complicações no carregamento.

Esse BLOG está mais leve, porém com o mesmo conteúdo escrito.

Desde já agradecemos a sua visita!

Senão for tomar muito do seu tempo, deixa um comentário, adoraremos!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Pré-Modernismo
(Fim séc.XIX - Início séc. XX)
Para os autores, o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores estéticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava, essencialmente pautado por uma série de conflitos como o fanatismo religioso do Padre Cícero e de Antônio Conselheiro e o cangaço, no Nordeste, as revoltas da Vacina e da Chibata, no Rio de Janeiro, as greves operárias em São Paulo e a Guerra do Contestado ; além disso a política seguia marcadamente dirigida pela oligarquia rural, o nascimento da burguesia urbana, a industrialização, segregação dos negros pós-abolição, o surgimento do proletariado e, finalmente, a imigração européia.Além desses fatos somam-se as lutas políticas constantes pelo coronelismo, e disputas provincianas como as existentes no Rio Grande do Sul entre maragatos e republicanos.


Momento histórico
Enquanto a Europa se prepara para a Primeira Guerra Mundial, o Brasil começa a viver, a partir de 1894, um novo período de sua história republicana: com a posse do paulista Prudente de Morais, primeiro presidente civil, inicia-se a "República do café-com-leite", dos grandes proprietários rurais, em substituição a "República da Espada" (governos do marechal Deodoro e do marechal Floriano). É a áurea da economia cafeeira no Sudeste; é o movimento de entrada de grandes levas de imigrantes, notadamente os italianos; é o esplendor da Amazônia com o ciclo da borracha; é o surto de urbanização de São Paulo.Mas toda esta prosperidade vem deixar cada vez mais claros os fortes contrastes da realidade brasileira. É, também, o tempo de agitações sociais. Do abandono do Nordeste partem os primeiros gritos da revolta. Em fins do século XIX, na Bahia, ocorre a Revolta de Canudos, tema de Os sertões, de Euclides da Cunha; nos primeiros anos do século XX, o Ceará é o palco de conflitos, tendo como figura central o padre Cícero, o famoso "Padim Ciço"; em todo o sertão vive-se o tempo do cangaço, com a figura lendária de Lampião.


Outras manifestações artísticas
ºA música assistiu, desde o lançamento da primeira gravação feita no país por Xisto Bahia, a uma penetração nas camadas mais elevadas de manifestações até então restritos às camadas mais populares – ritmos tais como o maxixe, toada, modinha e serenata. É o tempo em que a capital do país, então o Rio de Janeiro, assiste ao crescimento do carnaval, ao sucesso de compositores como Chiquinha Gonzaga e o nascimento do samba em sua versão recente.

ºNa música erudita, o nome representativo foi o de Alberto Nepomuceno, de composições de “intenção nacionalista”.

ºNa pintura, tendo como principal foco a Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, vigorava o academicismo, passando despercebida a exposição feita em 1913 pelo russo Lasar Segall. Apenas em 1917 uma forte reação à exposição de Anita Malfatti expõe o confronto que redundaria na Semana de Arte Moderna de 1922.


Pré-Modernismo - Conceito
Nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras do século XX, o Brasil também viveu sua bélle époque. Nesse período nossa literatura caracterizou-se pela ausência de uma única diretriz. Houve, isso sim, um sincretismo estético, um entrecruzar de várias correntes artístico-literárias.
O país vivia na época uma constante tensão.Nesse contexto, alguns autores refletiam o inconformismo diante de uma realidade sócio-cultural injusta e já apontavam para a irrupção iminente do movimento modernista. Por outro lado, muitas obras ainda mostravam a influência das escolas passadas: realista/naturalista/parnasiana e simbolista. Essa dicotomia de tendências, uma renovadora e outra conservadora, gerou não só tensão, mas sobretudo um clima rico e fecundo, que Alceu Amoroso Lima chamou de Pré-Modernismo.


Características
Apesar de o Pré-Modernismo não constituir uma "escola literária", apresentando individualidades muito fortes, com estilos — às vezes antagônicos — como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha e de Lima Barreto, podemos perceber alguns pontos comuns às principais obras pré-modernistas:
Apesar de alguns conservadorismos, o caráter inovador de algumas obras, que representa uma ruptura com o passado, com o academismo; a linguagem de Augusto dos Anjos, ponteada de palavras "não-poéticas", como cuspe, vômito, escarro, vermes, era uma afronta a. poesia parnasiana ainda em vigor.Lima Barreto ironiza tanto os escritores "importantes" que utilizavam uma linguagem pomposa quanto os leitores que se deixavam impressionar:

"Quanto mais incompreensível é ela (a linguagem), mais admirado é o escritor que a escreve, por todos que não lhe entenderam o escrito"
(Os bruzundangas)

º Um traço conservador


A permanência de características realistas/naturalistas, na prosa, e a permanência de um poesia de caráter ainda parnasiano ou simbolista.

ºUm traço renovador

Esse traço renovador — como ocorreu na música — revela-se no interesse com que os novos escritores analisaram a realidade brasileira de sua época: a literatura incorpora as tensões sociais do período. O regionalismo — nascido do Romantismo — persiste nesse momento literário, mas com características diversas daquelas que o animaram durante o Romantismo. Agora o escritor não deseja mais idealizar uma realidade, mas denunciar os desequilíbrios dessa realidade. Esse tom de denúncia é a inovação nessa tentativa de "pintar" um retrato do Brasil. Além disso, dois dos mais importantes escritores da época — Lima Barreto e Monteiro Lobato — deixaram claro sua intenção de escrever numa linguagem mais simples, que se aproximasse do coloquial.


Outras Características

A) ruptura com o passado - por meio de linguagem chocante, com vocabulário que exprime a “frialdade inorgânica da terra”.
B) inconformismo diante da realidade brasileira - mediante um temário diferente daquele usado pelo romantismo e pelo parnasianismo : caboclo, subúrbio, miséria...
C) interesse pelos usos e costumes do interior - regionalismo, com registro da fala rural.
D) destaque à psicologia do brasileiro - retratando sua preguiça, por exemplo nas mais diferentes regiões do Brasil.
E) acentuado nacionalismo - exemplo: Policarpo Quaresma.
F) preferência por assuntos históricos.
G) descrição e caracterização de personagens típicos -
com o intuito de retratar a realidade política, e econômica e social de nossa terra.
H) Preferência pelo contraste físico, social e moral.
I) sincretismo estético -
Neo-Realismo, Neoparnasianismo, Neo-Simbolismo.
J) emprego de uma linguagem mais simples e coloquial - com o objetivo de combater o rebuscamento e o pedantismo de alguns literatos.A denúncia da realidade brasileira, negando o Brasil literário herdado do Romantismo e do Parnasianismo; o Brasil não-oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios, é o grande tema do Pré-Modernismo.
No regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro:

- O Norte e o Nordeste com Euclides da Cunha;
- O Vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato;
- O Espírito Santo com Graça Aranha;
- O subúrbio carioca com Lima Barreto.

Os tipos humanos marginalizados:

o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos.
Uma ligação com fatos políticos, econômicos o sociais contemporâneos, diminuindo a distância entre a realidade e a ficção.

São exemplos:

Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto
(retrata o governo de Floriano e a Revolta da Armada),

Os sertões, de Euclides da Cunha
(um relato da Guerra de Canudos),

Cidades mortas, de Monteiro Lobato
(mostra a passagem do café pelo vale do Paraíba paulista),
Canaã, de Graça Aranha
(um documento sobre a imigração alemã no Espírito Santo).

O Pré-Modernismo é uma fase de transição e, por isso, registra:
Na maior parte da obras pré-modernistas é imediata a relação entre o assunto e a realidade contemporânea ao escritor:

-Em Triste fim de Policarpo Quaresma, romance mais importante de Lima Barreto, o escritor denunciou a burocracia no processo político brasileiro, o preconceito de cor e de classe e incorporou fatos ocorridos durante o governo do Marechal Floriano.
- Em Os Sertões, Euclides da Cunha fez a narrativa quase documental da Guerra de Canudos.
- Em Canaã, Graça Aranha analisa minuciosamente os problemas da fixação dos imigrantes em terras brasileiras.
- Em Urupês e Cidades mortas, Monteiro Lobato destaca a decadência econômica dos vilarejos e da população cabocla do Vale do Paraíba, durante a crise do café.Na poesia, o único poeta importante a romper com o bem-comportado vocabulário parnasiano foi Augusto dos Anjos. se observa, essa "descoberta do Brasil" é a principal herança desses autores para o movimento modernista, iniciado em 1922.

Principais autores:

Na poesia: Augusto dos Anjos, Rodrigues de Abreu, Juó Bananére, etc..
Na prosa: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato, Afonso Arinos, Simões Lopes, Afrânio Peixoto, Alcides Maia, Valdomiro Silveira,entre outros.


AUTORES E SUAS OBRAS
Os principais pré-modernistas foram:

Euclides da Cunha, com Os Sertões, onde aborda de forma jornalística a Guerra de Canudos; a obra, dividida em três partes (A Terra, O Homem e A Luta), procura retratar um dos maiores conflitos do Brasil.

O sertão baiano, onde se deram as lutas, era um ambiente praticamente desconhecido dos grandes centros, e as lutas marcaram a vida nacional: o termo favela, que tornou-se comum depois, designava um arbusto típico da caatinga, e dava nome a um morro em Canudos.

Graça Aranha, com Canaã, retrata a imigração alemã para o Brasil.

Lima Barreto, que faz uma crítica da sociedade urbana da época, com Triste Fim de Policarpo Quaresma e Recordações do Escrivão Isaías Caminha;

Monteiro Lobato, com Urupês e Cidades Mortas, retrata o homem simples do campo numa região de decadência econômica; Ele também foi um dos primeiros autores de literatura infantil, desse modo, transmitindo ao público infantil valores morais, conhecimentos sobre o Brasil, tradições, nossa língua. Destáca-se no gênero conto. E foi, também, um dos escritores brasileiros de maiores prestígios.

Valdomiro Silveira, com Os Caboclos, e Simões Lopes Neto, com Lendas do Sul e Contos Gauchescos, precursores do regionalismo, retratam a realidade do sul brasileiro.

Augusto dos Anjos que, segundo alguns autores, trazia elementos pré-modernos., embora no aspecto linguístico tenda para o realismo-naturalismo, em seus Eu e Outras Poesias.


Augusto dos Anjos (1884/1914)



Publicou apenas um único livro de poesias, Eu, mais tarde reeditado como Eu e outras poesias. Sua obra é cientificista, profundamente pessimista.
Sua visão da morte como o fim, o linguajar e os temas usados por muitos são considerados como sendo de mau gosto, mas caracterizam sua poesia como única na literatura brasileira.


"Já o verme — este operário das ruínas — / Que o sangue podre das carnificinas / Come e à vida em geral declara guerra."

Trabalhou, assim como parnasianos e simbolistas, com sonetos e verso decassílabo. Sua visão de mundo e a interrogação do mistério da existência e do estar no mundo marcam esta nova vertente poética. Há uma aflição pessoal demonstrada com intensidade dramática, além do pessimismo. Constância da morte, desintegração e os vermes.

"A passagem dos séculos me assombra. / Para onde irá correndo minha sombra / Nesse cavalo de eletricidade?! / Quem sou? Para onde vou? Qual minha origem? / E parece-me um sonho a realidade."

Obra Principal: Poesias - Eu (1912)


Versos Íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!


Euclides da Cunha (1866/1909)



Viajou muito e escreveu Os Sertões pela experiência própria de ter testemunhado a Guerra de Canudos como correspondente jornalístico.Envolvido num grande escândalo familiar, foi assassinado em duelo pelo amante da esposa.
Positivista, florianista e determinista, é seu estilo pessoal e inconformismo caracterizam-no como um pré-modernista.
Foi o primeiro escritor brasileiro a diagnosticar o subdesenvolvimento do país, diagnosticando os 2 Brasis (litoral e sertão).

Obras principais:

Os Sertões (1902)

Canudos: Diáro de uma Expedição (1939)
As passagens a seguir provém de Os Sertões, sendo cada uma de uma parte da obra.

"Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças; e desdobra-se lhe na frente léguas e léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante...
" A Terra"

Porque não no-los separa um mar, separam-no-los três séculos..." O Homem"

E volvendo de improviso às trincheiras, volvendo em corridas para os pontos abrigados, agachados em todos os anteparos [...] os triunfadores, aqueles triunfadores memorados pela História, compreenderam que naquele andar acabaria por devorá-los, um a um, o último reduto combatido. Não lhes bastavam seis mil Mannlichers e seis mil sabres; e o golpear de doze mil braços [...] e os degolamentos, e a fome, e a sede; e dez meses de combates, e cem dias de canhoneio contínuo; e o esmagamento das ruínas; e o quadro indefinível dos templos derrocados; e por fim, na ciscalhagem das imagens rotas, dos altares abatidos, dos santos em pedaços - sob a impassibilidade dos céus tranqüilos e claros - a queda de um ideal ardente, a extinção absoluta de uma crença consoladora e forte..." A Luta "


"Não há um só homem de coração bem formado que não se sinta confrangido ao contemplar o doloroso quadro oferecido pelas sociedades atuais com sua moral mercantil e egoísta"



Graça Aranha (1866/1931)


"Milkau estava sereno no alto da montanha. Descobrira a cabeça de um louro de ninfa, e sobre ela, e na barba revolta, a luz do sol batia, numa fulguração de resplendor. Era um varão forte, com uma pele rósea e branda de mulher, e cujos poderosos olhos, da cor do infinito, absorviam, recolhiam docemente a visão segura do que iam passando. A mocidade ainda persistia em não o abandonar; mas na harmonia das linhas tranqüilas do seu rosto já repousava a calma da madureza que ia chegando."

"Tudo o que vês, todos os sacrifícios, todas as agonias, todas as revoltas, todos os martírios são formas errantes de Liberdade. E essas expressões desesperadas, angustiosas, passam no curso dos tempos, morrem passageiramente, esperando a hora da ressurreição... Eu não sei se tudo o que é vida tem um ritmo eterno, indestrutível, ou se é informe e transitório... Os meus olhos não atingem os limites inabordáveis do Infinito, a minha visão se confina em volta de ti [...] Eu te suplico, a ti e à tua ainda inumerável geração, abandonemos os nossos ódios destruidores, reconciliemo-nos antes de chegar ao instante da Morte..."

Obras principais:
Canaã (1902/romance)



Estética da Vida (1921/ensaio)
Espírito Moderno (1925/ensaio)
A Viagem Maravilhosa (1927/romance)



Lima Barreto (1881/1922)

Em todos os seus romances, percebe-se traço autobiográfico, principalmente através de personagens negros ou mestiços que sofrem preconceitos.Mostra um perfeito retrato do subúrbio carioca, criticando a miséria das favelas e dos cortiços. Posiciona-se contra o nacionalismo ufanista, a educação recebida pelas mulheres, voltada para o casamento, e a República com seu exagerado militarismo. Utiliza-se da alta sociedade para desmacará-la, desmitificá-la em sua banalidade.Seus personagens são humildes funcionários públicos, alcoólatras e miseráveis.. Sua linguagem é jornalística e até panfletária.

Triste Fim de Policarpo Quaresma é a obra que lhe garante notoriedade.

Romance:


Recordações do Escrivão Isaías Camnha
(tematiza preconceito racial e crítica ao jornalismo carioca - 1909)

Triste Fim de Policarpo Quaresma
(inicialmente publicado em folhetins - 1915)

Numa e Ninfa (1915)

Vida e Morte de M. J. Gonzaga e Sá (1919)

Clara dos Anjos (1948)

Sátira Política e Literária:

Os Bruzundangas (1923)

Coisas do Reino do Jambon (1956)

Crônicas sobre Folclore Urbano:

Matginália (1956)

Vida Urbana (1956)

Memórias:

Diário Íntimo (1956)

Cemitério dos Vivos (1956)



Monteiro Lobato (1882/1948)



Homem de diversas atividades (escritor, editor, relojoeiro, fazendeiro, promotor, industrial, comerciante, professor, adido comercial etc.).

Controvertido, ativo e participante, Lobato defende a modernização do Brasil nos moldes capitalistas. Faz uma crítica fecunda ao Brasil rural e pouco desenvolvido, como no Jeca Tatu (estereótipo do caboclo abandonado pelas autoridades governamentais) do livro Urupês.

Curioso é que, na quarta edição de Urupês, o autor, no prefácio, pede desculpas ao homem do interior, enfatizando suas doenças e dificuldades.


Obras principais:


Urupês (1919)

Cidades Mortas (1919)



Histórias Infantis:


Histórias do Mundo para Crianças

Memórias de Emília

Peter Pan

Serões de Dona Benta

D. Quixote para as

Histórias de Tia Nastácia

O Pica-pau Amarelo


Simões Lopes Neto (1865-1916)



O Capitão publicou três livros em toda a vida, todos na cidade em que nascera, Pelotas, no RS. Foram eles Cancioneiro Guasca, Lendas do Sul e Contos Gauchescos. Fez teatro e, apesar de suas obras terem sempre cunho tradicionalista, era um homem de hábitos urbanos. Acalentava grandes sonhos literários, mas seu reconhecimento só foi póstumo.

"E do trotar sobre tantíssimos rumos; das pousadas pelas estâncias dos fogões a que se aqueceu; dos ranchos em que cantou, dos povoados que atravessou; das coisas que ele compreendia e das que eram-lhe vedadas ai singelo entendimento; do pêlo-a-pêlo com os homens, das erosões, da morte e das eclosões da vida, entre o Blau - moço, militar - e o Blau - velho, paisano -, ficou estendida uma longa estrada semeada de recordações - casos, dizia -, que de vez em quando o vaqueano recontava, como quem estende no sol, para arejar, roupas guardadas ao fundo de uma arca."

Contos Gauchescos


"Foi assim e foi por isso que os homens, que quando pela primeira vez viram a boiguaçu tão demudada, não a conheceram mais. Não conheceram e julgando que era outra, chamam-na desde então de boitatá, cobra de fogo, boitatá, a boitatá!" Lendas do Sul


Findava aqui o calhamaço de que a princípio se falou, quando disse que recebi em certa hora de pleno dezembro, por véspera de Natal, quando eu estava, desesperado, a abanar mosquitos (...) Apenas ao canto da página, a lápis, havia uns dizeres que custei a decifrar, e que eram estes: o 2o. Volume será o dos 'Sonhos do Romualdo'"

Casos do Romualdo


Outros autores:

Figuram como escritores desse período, embora guardem no estilo mais elementos das escolas precedentes, autores como Afonso Arinos, Alcides Maya e Coelho Neto. Este último, ao lado de Afrânio Peixoto, tendia a uma visão da literatura como simples ornato social e cultural.

Raul de Leoni pode ser, também, tido como pré-modernista, mas o seu Luz Mediterrânea tende ao Simbolismo

Conclusão:

Portanto o início de século XX foi marcado por várias invenções e descobertas que influenciaram toda a humanidade.O Brasil vivia sob o regime da chamada República do Café com Leite e foi uma época marcada por revoltas e conflitos sociais: Revolta da Armada, Revolta de Canudos, Cangaço, Revolta da Vacina, Revolta da Chibata, Guerra do Contestado.

Apesar disso, surgiram também várias manifestações artísticas tanto na música, na pintura e na literatura.

Vários escritores brasileiros que surgiram nessa época adotaram uma postura mais crítica diante dos problemas sociais.Através de seus escritos, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Graça Aranha e Lima Barreto (principais autores desta época) investigaram e questionaram a realidade brasileira.


DICA: Resumo de alguns dos mais importantes livros de autores pré-modernistas:

Triste Fim dePolicarpo Quaresma
http://www.coladaweb.com/resumos/policarpo.htm

Recordações do Escrivão Isaias Caminha
http://www.coladaweb.com/resumos/isaiascaminha.htm
Vídeo sobre o Pré-Modernismo
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